sábado, 2 de abril de 2011

DOM EMANUEL D’ABLE DO AMARAL OSB

 
Dom Emanuel D´Able do Amaral nasceu no Rio de Janeiro, no bairro de Santa Teresa, no dia 13 de agosto de 1957. Filho de Joaquim Dias do Amaral (carioca) e de Catarina Lúcia d’Able do Amaral (Pernambucana). Nome civil: Joaquim Augusto d’Able do Amaral.
Antes de entrar para a vida monástica morou nas cidades do Rio de Janeiro, Vassouras (RJ), São Lourenço (MG), Engenheiro Paulo de  Frontin (RJ) e Valença (RJ).
Entrou para a Ordem de São Bento em 30 de janeiro de 1978, no Mosteiro de São Bento de São Paulo. Nesse mosteiro iniciou o postulantado e mais tarde o noviciado. Além da formação monástica básica estudou latim, francês e grego bíblico. Em 1979 iniciou o Curso de Filosofia no Mosteiro de São Paulo, terminando em 1981.
Participou como membro fundador do Mosteiro da Ressurreição de Ponta Grossa.  No Ifiteme (Instituto de Filosofia e Teologia Mater Ecclesiae) estudou Teologia de 1982 a 1985. Alem do grego bíblico também estudou hebraico. Em 1985 foi nomeado Sub-Prior do Mosteiro. Foi ordenado sacerdote em 7 de dezembro de 1985 em Engenheiro Paulo de Frontin RJ por Dom Waldyr Calheiros de Novaes (Bispo de Barra de Piraí-Volta Redonda).
Esteve em Roma de 1987 a 1989 estudando Teologia Bíblica (Licenza Specializata = mestrado no Brasil) na Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Gregoriana, residindo no Colégio Santo Anselmo, sede Ordem de São Bento, no Monte Aventino.
Retornando ao Brasil em 1989 iniciou sua  carreira como Professor de Sagrada Escritura no Ifiteme. Foi nomeado pelo Bispo Diocesano de Ponta Grossa como um dos “Diretores Espirituais do Seminário Diocesano”. Foi também eleito Co-Visitador pelo Capítulo Geral da  Congregação Beneditina do Brasil em 1993.
 Foi professor até 22 de junho de 1994 quando foi eleito 79° abade do Mosteiro de São Bento da Bahia. Sendo instalado no cargo na tarde do dia 23 de junho por Dom Basílio Penido, Abade Presidente da Congregação Beneditina do Brasil. Recebeu a bênção abacial no dia 11 de setembro de 1994, na Catedral Basílica, de Dom Frei Lucas Cardeal Moreira Neves O.P.
Logo que chegou a Salvador como abade pegou o início do plano de revitalização do mosteiro com a participação da Odebrecht, do Governo do Estado da Bahia e de outras instituições. No final de 1994 inaugurou o novo Colégio de São Bento (com o segundo grau) e a Basílica abacial de São Sebastião. Em 1995 abriu a Biblioteca aos pesquisadores, o Museu São Bento e o Laboratório de Restauração de Livros Raros. A Basílica do Mosteiro foi aberta à música sacra e erudita.
No dia 5 de junho de 1995, Solenidade de Pentecostes, retomou o “Canto Gregoriano” na missa conventual aos domingos. Incentivou a gravação do primeiro CD com Cantos Gregorianos.
Recebeu a Medalha Tomé de Souza, conferida pela Câmara Municipal de Salvador em 11.12.96, por proposta dos vereadores João Carlos Bacelar e Silvoney Salles.
Foi eleito “Personalidade de destaque no meio cultural da Bahia” pelo Conselho Estadual de Cultura em 12.12.96, por proposta do poeta  Fernando da Rocha Peres.
Recebeu o certificado de colaborador do Curso Internacional de Extensão Universitária “América Latina Comunicação e Cultura” da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo em 05.11.97.
Sendo o Mosteiro da Bahia elevado pelo Papa João Paulo II à categoria de Arquiabadia em 24 de novembro de 1998, foi “ipso facto” elevado ao cargo de Arquiabade.
Foi também designado como membro teólogo pelo Governo Federal através do Ministério da Saúde para compor o “Comitê de Ética em Pesquisa” do Centro de Pesquisa Gonçalo Muniz da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Salvador.
Foi eleito Abade Presidente da Congregação Beneditina do Brasil em 1° de maio de 2002 no Capitulo Geral em Brasília (DF).
Em 2002 fundou o ITESB (Instituto Teológico São Bento), com biênio filosófico e quatriênio teológico. Foi o primeiro Diretor desse Instituto. Fundou a Revista Análise &Síntese, em 2002. Revista de Filosofia e Teologia.
Em 24 de agosto de 2004 foi assinado pelo Ministro da Educação o documento que aprovou a “Faculdade São Bento da Bahia” e como Arquiabade e Presidente da Mantenedora recebeu o título de Grão-Chanceler.
Recebeu o Título Honorífico de “Cidadão Baiano” conforme resolução número 1299 de 17 de abril de 2002, por indicação da Deputada Estadual Lídice da Mata (PSB).
Foi nomeado pela Santa Sé “Visitador Apostólico” da Abadia Territorial de Nossa Senhora de Montserrat, Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro.
Recebeu o Diploma como participante Revista Imprensa: CNP: Petróleo e Ecologia.
Recebeu a Medalha Dois de julho no dia 27 de dezembro de 2004, sendo Prefeito Dr. Antônio Imbassahy,
Foi reeleito Abade Presidente no último Capítulo Geral da Congregação Beneditina do Brasil, reunido no Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, no dia 27 de abril de 2008, para mais um e último mandato de três anos.
É Titular da Cadeira 34 do Instituto Genealógico da Bahia. Tomou posse em 11 de junho de 2008 nessa cadeira que pertenceu ao saudoso e querido Dr. Jorge Calmon. Foi aclamado como Presidente de Honra desse Instituto.
Foi novamente homenageado pela Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia na passagem dos 90 anos daquela Associação no último 29 de agosto de 2008.
Foi nomeado Conselheiro do Conselho Federal Estadual Consultivo do Iphan Bahia-Sergipe (novembro de 2008).
Eleito para a Cadeira 37 da Academia de Letras da Bahia no dia 20 de novembro de 2008. Tomou posse no dia 28 de maio de 2009, sendo saudado pelo acadêmico Fernando da Rocha Peres.
     Membro da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Nossa Senhora da Conceição da Praia (Salvador) e da Confraria do Santo Condestável São Frei Nuno de Santa Maria Álvares Pereira (Colegiada de Santa Maria da Misericórdia do Castelo de Ourém em Portugal).
É Comendador Honorário da Real Ordem de São Miguel da Ala e Capelão para o Brasil da Real Irmandade de São Miguel da Ala (Portugal).
É também “Sócio Honorário” do “Istituto Sacro Romano Impero” que tem sua sede na cidade de Florença (Itália).
Possui o título nobiliárquico hereditário de Conde  d’Able do Amaral, outorgado pelo Rei Kigeli V de Ruanda.
É Comendador e Grão-Prior da Delegação Magistral de São Salvador da Bahia da Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém.
 
Escreveu o livro “Introdução à História Monástica” Edições São Bento, Salvador, 2006. O livro é resultado de suas aulas de História Monástica. Foi uma tentativa de oferecer aos leitores da língua portuguesa uma Introdução Geral ao monaquismo desde as origens ao século XIX.  Não existia em português uma obra assim. Havia textos dispersos sobre o monaquismo.  Esse livro veio preencher uma lacuna e está sendo utilizado  nos mosteiros em cursos preparatórios para o vestibular e em  Cursos Superiores.
            Tem artigos publicados em diversas revistas nacionais e internacionais.
Ao longo desses 16 anos que reside em Salvador, como abade do mosteiro, concedeu diversas entrevistas sobre diferentes assuntos aos jornais da cidade e do exterior e também a algumas redes de televisão de difusão estadual, nacional e em rede por assinatura. Algumas dessas entrevistas aos jornais e televisões encontram-se nos arquivos do mosteiro e outras imagens estão nos arquivos das televisões de Salvador.
Fez também algumas apresentações em livros que foram publicados através das Edições São Bento do Mosteiro da Bahia e de alguns livros de outras Edições tais como: A Apresentação do livro “Ensinamentos de um Abade”, de Dom Joaquim de Arruda Zamith OSB, Abade Emérito de São Paulo e ex Abade Presidente, Edições Subiaco, Juiz de Fora 2005 e também a apresentação da “Introdução a Liturgia” do Professor Edes Andrade Pereira. Tem também um texto de sua autoria no início do livro “O Milagre de Dom Amoroso” do escritor Eduardo Diogo Tavares.  Ajudou também na revisão deste livro.
As homilias que fez durante esses 16 anos na Basílica do mosteiro estão sendo digitadas para serem oportunamente publicadas.

Fonte:   Academia de Letras da bahia

quinta-feira, 31 de março de 2011

O Colégio São bento da Bahia (História)

O Colégio São Bento é uma instituição católica, que segue os princípios da espiritualidade beneditina, tendo como fonte inspiradora a famosa Regra de São Bento.
Ao longo de sua trajetória educacional em mais de um século de existência, o Colégio de São Bento buscou sempre desenvolver suas ações educativas na perspectiva de intervir, pela educação, no processo de crescimento desta comunidade de Salvador e entorno, proporcionando a formação intelectual e moral de seu alunado e criando as condições necessárias para sua integração na sociedade que hoje, requer cidadãos competentes capazes de enfrentar os desafios decorrentes do mundo moderno e nele intervir participando com responsabilidade na sua transformação.
Nesta perspectiva, vem formando e preparando com competência, centenas de jovens que têm contribuído para o desenvolvimento histórico de nosso Estado, com base na Oração e no Trabalho, duas palavras que sintetizam o conteúdo da vida humana, na Regra de São Bento incorporada como princípio doutrinário da proposta de formação promovida pela Escola, a qual afirma que pela Oração, se estabelece a comunicação com Deus, nosso Pai, que nos vivifica, constantemente, com suas graças e pelo Trabalho, tomamos parte ativa no processo de desenvolvimento da humanidade, continuando assim, a obra da criação.
O Colégio São Bento, mantido pelo Mosteiro de São Bento e sob orientação de seus monges, foi fundado em 03 de fevereiro de 1905, com a finalidade de se dedicar à formação moral e intelectual de seus educandos.

São Bento


 Patriarca dos Monges do Ocidente e Patrono da Europa
“Em qualquer religião sempre houve quem, ‘esperando resposta para os enigmas da condição humana', fosse atraído de maneira singular para o Absoluto e para o Eterno. Entre estes, no que diz respeito ao cristianismo, sobressaem os monges, que, já no século III e IV, tinham instituído, nalgumas zonas do Oriente, uma forma de vida
própria, tendente a realizar, por inspiração divina, e a exemplo de Cristo ‘orando sobre o monte', ou uma vida solitária e segregada, ou a dar-se ao serviço de Deus na convivência da caridade fraterna.







  • Do Oriente, por conseguinte, penetrou a disciplina monástica em toda a Igreja e alimentou o salutar propósito de outros que, mantendo as normas da vida religiosa, imitavam o Salvador, ‘que anunciava às multidões o reino de Deus e trazia os pecadores à conversão’.
Quando, devido a esse espiritual fermento, a Igreja se tinha já desenvolvido, mas simultaneamente se arruinava na cultura, e o mundo romano envelhecia – pouco antes de fato, tinha caído o Império Ocidental  - , pelo ano 480 nascia, em Núrcia, São Bento.
‘Bento pela graça e pelo nome, desde a infância tinha um coração adulto’ e, ‘desejando agradar somente a Deus’, pôs-se à escuta do Senhor, que procurava o Seu operário, e vencendo as excitações do espírito, percorreu caminhos ‘duros e ásperos’, isto é, enveredou ‘pelo caminho estreito que conduz à vida’.
Levando vida solitária em alguns lugares, conseguiu que o seu coração ficasse aberto só para Deus; movido unicamente por Seu amor, reuniu outros homens, com quem, como pai, entrasse ‘na escola do serviço do Senhor’. E assim, unindo ao sentimento do próprio dever a prática esclarecida ‘dos instrumentos das boas obras’, ele, e seus companheiros constituíram uma cidadezinha cristã, ‘onde finalmente – como disse Paulo VI, predecessor nosso de recente memória – reinassem o amor, a obediência, a inocência, o ânimo desapegado das coisas do mundo e a arte de usar delas retamente, o primado do espírito, a paz – numa palavra – o Evangelho’.
Praticando assim o que havia de bom na tradição eclesial do Oriente e do Ocidente, o Santo de Núrcia chegou a considerar globalmente o homem, cuja dignidade, como pessoa, inculcou como sem igual.
Quando morreu, no ano de 547, já estavam lançados sólidos fundamentos para a disciplina monástica, que, particularmente depois dos sínodos da Idade Carolíngia, tornou-se o monaquismo ocidental. Este, por meio das abadias e outras casas beneditinas, difundidas por toda parte, constituiu a união primitiva e originária da nova Europa: dizemos da Europa, a cujas ‘gentes, que vivem desde o Mar Mediterrâneo até à Escandinávia, da Irlanda até os territórios abertos da Polônia, os filhos deste Santo – com a cruz, com o livro e com o arado – levaram à civilização cristã”.

(Trecho da Carta Apostólica de Sua Santidade o Papa João Paulo II, no XV centenário do nascimento de São Bento).
Fonte:saobento.org

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